No texto o Modelo dos Modelos de Ítalo Calvino, o mesmo vai em busca de novas configurações para sua prática. Ele se depara com situações novas e vai em busca de outras mais e encontra-as, incansavelmente acreditando que existe uma saída existe uma solução para sua inquietude.
Estabelecendo uma relação com o AEE, é dessa forma que o professor especialista deve ter em mente, pois o nosso desafio é grande, estamos praticando algo novo, algo que muitas vezes é motivo de incômodo para os aqueles que estão em nossa volta, porém assim como o autor do texto devemos ser incansáveis na busca pela solução e pelas respostas, desenvolvendo estratégias de ações novas e/ou pesquisando práticas que nos dê subsídios para a prática do AEE dentro e fora da Sala de Recursos Multifuncionais.
AEE UFCAmanda 2013
quinta-feira, 10 de julho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
O sistema SCALA
Quando se fala de alunos com deficiência, cria-se uma angústia voltada para o ensino-aprendizagem destas crianças. Tratando-se de alunos com TGD não é diferente, visto que surgem tantas indagações de como deve ser a metodologia utilizada para incluir estes alunos tanta de forma comunicativa, quanto na interação social, levando assim o grupo a compreender e aceitar um comportamento tão singular. Abaixo será descrito alguns recursos que podem focar tanto a ampliação das formas de comunicação, o comportamento ou a interação social do aluno.
Em 2011, iniciou-se o desenvolvimento do Sistema SCALA de uma versão Web, nos módulos prancha e narrativas visuais (para construção de histórias) com características e elementos semelhantes aos que serão apresentados na versão dispositivo móvel tablet (Android), descritas no decorrer deste trabalho. A versão web, nestes dois módulos, já está disponível ao público, para acessá-la o link é: http://scala.ufrgs.br/Scalaweb. Para utilizá-lo é necessário fazer um cadastro, onde o usuário se inscreve um login e senha para usos posteriores da tecnologia assistiva.
O sistema SCALA como o próprio nome diz é um Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de pessoas com Autismo.
Autismo). Foi desenvolvido, como recurso de apoio a processo inclusivos de pessoas. É um sistema de comunicação alternativa gratuito. Esta disponível em duas versões: web (http://scala.ufrgs.br/Scalaweb/) e dispositivo móvel tablet abdroid (download - http://scala.ufrgs.br/). Possui um módulo para construção de pranchas de comunicação, e o módulo narrativas visuais para construção de histórias. Abaixo indicamos uma ilustração para visualizar melhor este recurso que é de suma importância para a aprendizagem de pessoas autistas.
O módulo prancha possui as seguintes funcionalidades:
• Abrir: abre uma prancha salva anteriormente.
• Salvar: salva a prancha ou história atual, para ser posteriormente utilizada.
• Desfazer: desfaz a última operação realizada.
Importar: importa uma imagem da galeria de imagens para a Categoria “Minhas
Imagens”.
• Exportar: salva a prancha ou história como arquivo de imagem.
• Layout: dá cinco opções de layout para criação de pranchas ou histórias
simples ou mais complexas, conforme a necessidade de uso.
• Limpar: limpa todo o conteúdo da prancha ou história aberta.
• Imprimir: dá a opção da impressão da prancha.
• Visualizar: mostra a prancha de forma mais ampla, e possibilita a reprodução
sonora.
Ajuda: apresenta um tutorial objetivo de todas as funcionalidades do módulo.
Os pictogramas utilizados no sistema foram, em sua maioria, desenvolvidos pelo
grupo ARASAAC (http://www.catedu.es/arasaac/).
O design da interface foi cuidadosamente elaborado para atingir o público-alvo (autismo), com formas simples, com poucos detalhes, de forma amigável e intuitiva, direcionada ao público infantil. A utilização de pictogramas, sintetizador de voz, e espaços de edição fazem parte do sistema e promovem uma tentativa de construir as relações cognitivas necessárias à comunicação e letramento de crianças com autismo. O desenvolvimento, ocorreu sempre focado na ideia de atingir um alto nível de usabilidade, objetividade e atratividade.
A metodologia de uso do Sistema SCALA está fundamentada em pressupostos da teoria sócio-histórica, por entende-se que o desenvolvimento humano ocorre do seu nascimento a sua morte. Ele sucede-se em ambientes culturalmente organizados e com regras sociais estabelecidas, por meio de interações realizadas com parceiros, ou seja, entre duas ou mais pessoas que têm um papel ativo. O desenvolvimento se dá, portanto, na interação social, sendo impossível separar as pessoas, as interações e os contextos. Dessa forma, o sujeito não é analisado individualmente, mas, sempre em interação com os diferentes contextos.
O SCALA mostra-se efetivo para apoiar a comunicação em processos inclusivos. Contribuindo para que a criança participe de atividades em sala, produções de textos, ajuda também a criança a interagir dando a mesma vez e voz. Desta forma o sistema SCALA pode ser utilizado na sala do AEE, mas principalmente na sala de aula.
Para outras sugestões de recursos, visitar os links abaixo:
1) Tecnologia Assistiva – Miryam Pelosi -
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/ [acesso em 30/05/2014].
2) ARASAAC - Portal Aragones de Comunicação Alternativa e Ampliada -
http://www.catedu.es/arasaac/ [acesso em 30/05/2014].
Referências Bibliográficas:
BEZ, M. R. ; PASSERINO, L. M. Viajando pelos caminhos da comunicação: Tecnologia móvel SCALA com crianças com autismo incluídas na educação infantil. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre: CRBF, 2013, v. 1, PP. 173-193.
BEZ, M. R. Recursos Tecnológicos de Apoio para TEA. Curso de AEE - UFC. Disciplina: AEE E TGD. 2014.
1) Tecnologia Assistiva – Miryam Pelosi -
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/ [acesso em 30/05/2014].
2) ARASAAC - Portal Aragones de Comunicação Alternativa e Ampliada -
http://www.catedu.es/arasaac/ [acesso em 30/05/2014].
Em 2011, iniciou-se o desenvolvimento do Sistema SCALA de uma versão Web, nos módulos prancha e narrativas visuais (para construção de histórias) com características e elementos semelhantes aos que serão apresentados na versão dispositivo móvel tablet (Android), descritas no decorrer deste trabalho. A versão web, nestes dois módulos, já está disponível ao público, para acessá-la o link é: http://scala.ufrgs.br/Scalaweb. Para utilizá-lo é necessário fazer um cadastro, onde o usuário se inscreve um login e senha para usos posteriores da tecnologia assistiva.
O sistema SCALA como o próprio nome diz é um Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de pessoas com Autismo.
Autismo). Foi desenvolvido, como recurso de apoio a processo inclusivos de pessoas. É um sistema de comunicação alternativa gratuito. Esta disponível em duas versões: web (http://scala.ufrgs.br/Scalaweb/) e dispositivo móvel tablet abdroid (download - http://scala.ufrgs.br/). Possui um módulo para construção de pranchas de comunicação, e o módulo narrativas visuais para construção de histórias. Abaixo indicamos uma ilustração para visualizar melhor este recurso que é de suma importância para a aprendizagem de pessoas autistas.
O módulo prancha possui as seguintes funcionalidades:
• Abrir: abre uma prancha salva anteriormente.
• Salvar: salva a prancha ou história atual, para ser posteriormente utilizada.
• Desfazer: desfaz a última operação realizada.
Importar: importa uma imagem da galeria de imagens para a Categoria “Minhas
Imagens”.
• Exportar: salva a prancha ou história como arquivo de imagem.
• Layout: dá cinco opções de layout para criação de pranchas ou histórias
simples ou mais complexas, conforme a necessidade de uso.
• Limpar: limpa todo o conteúdo da prancha ou história aberta.
• Imprimir: dá a opção da impressão da prancha.
• Visualizar: mostra a prancha de forma mais ampla, e possibilita a reprodução
sonora.
Ajuda: apresenta um tutorial objetivo de todas as funcionalidades do módulo.
Os pictogramas utilizados no sistema foram, em sua maioria, desenvolvidos pelo
grupo ARASAAC (http://www.catedu.es/arasaac/).
O design da interface foi cuidadosamente elaborado para atingir o público-alvo (autismo), com formas simples, com poucos detalhes, de forma amigável e intuitiva, direcionada ao público infantil. A utilização de pictogramas, sintetizador de voz, e espaços de edição fazem parte do sistema e promovem uma tentativa de construir as relações cognitivas necessárias à comunicação e letramento de crianças com autismo. O desenvolvimento, ocorreu sempre focado na ideia de atingir um alto nível de usabilidade, objetividade e atratividade.
A metodologia de uso do Sistema SCALA está fundamentada em pressupostos da teoria sócio-histórica, por entende-se que o desenvolvimento humano ocorre do seu nascimento a sua morte. Ele sucede-se em ambientes culturalmente organizados e com regras sociais estabelecidas, por meio de interações realizadas com parceiros, ou seja, entre duas ou mais pessoas que têm um papel ativo. O desenvolvimento se dá, portanto, na interação social, sendo impossível separar as pessoas, as interações e os contextos. Dessa forma, o sujeito não é analisado individualmente, mas, sempre em interação com os diferentes contextos.
O SCALA mostra-se efetivo para apoiar a comunicação em processos inclusivos. Contribuindo para que a criança participe de atividades em sala, produções de textos, ajuda também a criança a interagir dando a mesma vez e voz. Desta forma o sistema SCALA pode ser utilizado na sala do AEE, mas principalmente na sala de aula.
Para outras sugestões de recursos, visitar os links abaixo:
1) Tecnologia Assistiva – Miryam Pelosi -
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/ [acesso em 30/05/2014].
2) ARASAAC - Portal Aragones de Comunicação Alternativa e Ampliada -
http://www.catedu.es/arasaac/ [acesso em 30/05/2014].
Referências Bibliográficas:
BEZ, M. R. ; PASSERINO, L. M. Viajando pelos caminhos da comunicação: Tecnologia móvel SCALA com crianças com autismo incluídas na educação infantil. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre: CRBF, 2013, v. 1, PP. 173-193.
BEZ, M. R. Recursos Tecnológicos de Apoio para TEA. Curso de AEE - UFC. Disciplina: AEE E TGD. 2014.
1) Tecnologia Assistiva – Miryam Pelosi -
http://www.comunicacaoalternativa.com.br/ [acesso em 30/05/2014].
2) ARASAAC - Portal Aragones de Comunicação Alternativa e Ampliada -
http://www.catedu.es/arasaac/ [acesso em 30/05/2014].
segunda-feira, 21 de abril de 2014
DIFERENCIANDO SURDOCEGUEIRA E DMU
SURDOCEGUEIRA
X DMU (DEFICIÊNCIA MÚLTIPLAS)
Muito
se acredita que a DMU ( Deficiência Múltipla) é a mesma coisa que
surdocegueira, ou melhor, a maioria das pessoas acreditavam que a
surdocegueira estava inclusa nas deficiências múltiplas. Porém, a
realidade é que ambas se distinguem uma da outra.
1.
Definição e Implicações da Surdocegueira. Denomina-se surdocego
àquele que possui dificuldades visuais e auditivas,
independentemente da sua quantidade.
Surdocegueira
é uma deficiência que apresenta perda auditiva e visual
concomitantemente em diferentes graus, levando a pessoa com
surdocegueira a desenvolver várias formas de comunicação para
entender e interagir com as pessoas e o meio ambiente, de forma a ter
acesso às informações, vida social com qualidade, orientação,
mobilidade, educação e trabalho. Grupo Brasil – 2003
A
surdocegueira é uma limitação que se caracteriza por:
-
Sérios problemas relacionados com a comunicação com o meio.
-
Sérios problemas relacionados com a orientação no meio.
-
Sérios problemas relacionados à obtenção de informação.
(McINES, John Programming for congenital and early adventitios
deafblind adults).
2.
Tipos de Surdocegueira
A
surdocegueira pode ser:
•
Congênita
•
Adquirida
CONGÊNITA:
Denomina-se surdocego congênito quem nasce com esta única
deficiência,
como por exemplo pela rubéola adquirida no ventre da mãe.
ADQUIRIDA:
A surdocegueira adquirida é quando a pessoa nasce ouvinte, vidente,
surda
ou cega e adquire, por diferentes fatores, a surdocegueira.
Na
surdocegueira adquirida o indivíduo deverá aprender a usar os
canais sensoriais remanescentes para receber informações
sensoriais. Bem também como aprender de maneira tátil atividades
que sabia fazer.
Já
na congênita é preciso aprender a usar os canais sensoriais
remanescentes para receber informações sensoriais. Aprender pelo
tato para desenvolver conceitos e linguagem- cognição tátil.
2.
Definição e Implicação da Deficiência Múltipla (DMU).
“O
termo deficiência múltipla tem sido utilizado, com frequência,
para caracterizar o conjunto de duas ou mais deficiências
associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de
comportamento social. No entanto, não é o somatório dessas
alterações que caracterizam a múltipla deficiência, mas sim o
nível de desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de
comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as
necessidades educacionais dessas pessoas”. (MEC, SEESP, Educação
Infantil: Saberes e práticas da inclusão; 4, 2003, p. 11 ).
São
consideradas pessoas com deficiência múltipla sensorial-visual
(MDVI), quando há a Deficiência Visual (baixa visão ou cegueira)
associada a uma ou mais deficiências (intelectual, física/ motora)
ou a transtornos globais do desenvolvimento e distúrbios de
comunicação e que necessita de programas que favoreçam o
desenvolvimento das habilidades funcionais dessas pessoas, visando ao
máximo de sua independência e uma comunicação eficiente. (MAIA et
al, 2008, p.14).
São
consideradas pessoas com deficiência múltipla sensorial-auditiva
(MDHI) quando há deficiência auditiva/surdez associada à
deficiência intelectual ou a deficiência físico motora ou a ambas,
ou a Transtornos Globais do Desenvolvimento. (MAIA et al, 2008,
p.14).
Tanto
na surdocegueira como na Deficiência Múltipla, em ambos os casos é
necessário:
Iniciar
as instruções com atividades das mais
simples
para as mais complexas.
•
Dividir
as instruções em etapas;
•
Partir
do concreto para o abstrato;
•
Respeitar
o ritmo de aprendizagem;
•
Repetir
as instruções/atividades em situações
variadas,
de forma diversificada;
•
Explicar
o que poderá acontecer em situações
novas,
como por exemplo, no inicio da aula de
educação
física, as regras de um jogo novo;
•
Dar
suporte e orientação aos que cuidam da
pessoa
com deficiência;
A
comunicação na DMU COMUNICAÇÃO acontece nas interações
sociais e envolve a comunicação receptiva e expressiva a
comunicação envolve a transmissão de informação entre dois ou
mais indivíduos e pode realizar-se por meio do uso de formas de
comunicação simbólicas ou não simbólicas. Estabelecer a
necessidade para comunicar (para ajudar a criança a ter uma razão
para comunicar. pode fazer-se uma pausa numa rotina agradável);
criar oportunidades para a criança poder comunicar na rotina;
aceitar e reforçar os atos comunicativos usados pela criança;
observar a forma, a função e as intenções comunicativas dos
comportamentos comunicativos e descrevê-las cuidadosamente; observar
se há consistência na comunicação;
Modos
de comunicação:
Existem
dois modos, os de Comunicação Expressiva e os de Comunicação
Receptiva:
Saída
Motora/Oral
Vocalizações:
choro, arrulho, murmúrio, gorjeio, grunhido, riso, choramingo,
grito.
Sons
vogais, pares consoante-vogal, jargões similares a palavras
Palavras
faladas
Entrada
Visual
Expressões
faciais
Gestos
Língua
de sinais
Símbolos
de objetos
Símbolos
de imagens
Palavras
impressas
Saída
Motora/
Movimentos
Corporais (cabeça, membros, mudança postural no tônus do corpo)
Expressões
faciais
Gestos
Olhar
fixo
Sinais
manuais
Entrada
Auditiva
Sons
do ambiente
Registro
e entonação da fala
Palavras
faladas
Saída
Aumentativa/ Alternativa
(exige
comportamento seletivo motor/gestual e
compreensão
de sistema simbólico)
Símbolos
táteis
Símbolos
de imagem
Símbolos
de objeto
Palavras
escritas
Aparelhos
de comunicação de alta tecnologia que
utilizem
um dos sistemas simbólicos acima
Entrada
Tátil
Manuseio/toque/movimento
Sugestões
por toques específicos
Símbolos
de objeto
Sinais
táteis (mão com mão)
Palavras
em Braille
Abaixo
listamos alguns aspectos que podem influenciar nas interações da
pessoa com deficiência múltipla e surdocegueira congênita:
•
O
tempo em que esteve separada dos pais, no caso de ter ficado
internado na unidade dos cuidados
intensivos,
•
Os
problemas de saúde graves que podem levá-la a ter pouco contato
físico com os pais,
•
Os
níveis de alerta muito baixos podem não ser suficientes para que
estabelecer a vinculação;
•
Os
níveis de agitação extremamente elevados conduzem a uma super
estimulação,
•
As
pistas de comunicação são de difícil processamento,
•
As
limitadas capacidades que o adulto tem para ler e dar pistas as
pessoas com deficiências múltiplas (Fraiberg, 1977;van Dijk, 1999).
Referências
Bibliográficas:
SERPA,
Ximena Fonegra, Comunicação para Pessoas com Surdocegueira.
Tradução do livro Comunicacion para Persona Sordociegas,
INSOR-Colômbia 2002.
MAIA,
Rodrigue Shirley: Deficiência Múltipla Deficiência Múltipla
Sensorial/ Surdoceguiera, Fortaleza, 2013;
sábado, 8 de março de 2014
Aprendendo com Damázio e Ferreira
A educação escolar da pessoa
com surdez Segundo Damazio e Ferreira
A pessoa com surdez não deve ser compreendida
como uma pessoa deficiente pois ela não o é, ela é uma pessoa que tem perda
sensorial auditiva, e que possui todos os seus mecanismos de aprendizagem
reservados. Damazio e Ferreira (2010).
Por isso, devemos acabar com os
confrontos acerca de qual tendência é a melhor a ser adotada, devemos utilizar
uma abordagem a qual leve o aluno a participar da comunidade ouvinte sem perder
suas peculiaridades de não ouvinte. Pois se as pessoas com surdez participarem
de um ambiente estimulador que lhes propiciem o desenvolvimento de suas potencialidades
ela não terá nenhuma dificuldade para aprendizagem, porém não se pode negar que
o nosso sistema educacional necessita de reformas, pois os alunos ouvintes
muitas vezes passam pelas séries iniciais sem
serem alfabetizados.
O problema da educação das pessoas com surdez
não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, como ficou até
agora, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está
só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas
pedagógicas. (Damazio e Ferreira)
O bilingüismo trás uma proposta
inovadora que perpassa o oralismo e a comunicação total, entende-se que não se pode
preparar o aluno com surdez para atuar na comunidade ouvinte utilizando apenas
as práticas oralistas, negando a gestualidade, também não se pode segregar este
aluno em guetos criando uma cultura surda, pois a libra não e uma língua que
territorializa.
Para nós, a pessoa com surdez não é
estrangeira em seu próprio país, mas usuária de um sistema lingüístico com
características e status próprios, no
qual cognitivamente se organiza e estrutura o pensamento e a linguagem nos
processos de mediação simbólica, na relação da linguagem/pensamento/realidade e
práxis social.
È preciso sim, o ensino de libras em
consonância com a língua portuguesa, porém o uso da língua de sinais nas
escolas não ira resolver os problemas, visto que as pessoas ouvintes também apresentam problemas
de aprendizagem mesmo chegando na escola
apresentando a língua oral, é necessário que a escola ofereça não só apenas para
a pessoa com surdez, mas também para os alunos ouvintes condições favoráveis para
aprendizagem, é preciso que a escola ofereça condições destes alunos
estabelecerem mediações simbólicas com o meio físico e social, provoque a capacidade representativa dessas pessoas,
desenvolva o pensamento, a linguagem e a produção de sentidos.
A aquisição da
língua de sinais, de fato, não é garantia de uma aprendizagem significativa. O ambiente em que a pessoa com surdez está inserida, em especial,
o da escola comum, uma vez que não lhe oferece condições para que se
estabeleçam mediações simbólicas com o meio físico e social, não exercita ou
provoca a capacidade representativa dessas pessoas, conseqüentemente,
compromete o desenvolvimento do pensamento, da linguagem e da produção de
sentidos.
O Atendimento educacional para pessoas
com surdez por meio da política nacional de educação na perspectiva da educação
inclusiva vem com uma proposta de disponibilizar
recursos para que aconteça o atendimento
como função de organizar e complementar o trabalho da classe comum.
O Decreto 5.626 de 5 de dezembro de 2005, que
determina o direito de uma educação que garanta a formação da pessoa com
surdez, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente
na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às
duas línguas ocorra de forma simultânea
no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo
educativo. (Damazio e Ferreira).
Assim sendo, a organização didática do AEE PS é
idealizada mediante a formação do professor e do diagnóstico inicial do aluno
com surdez, em seguida, o professor elabora o plano AEE PS, envolvendo três
momentos didático-pedagógicos: Atendimento Educacional Especializado em Libras;
Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa
escrita; e o atendimento educacional especializado para o ensino de Libras.
Este plano de AEE PS deve respeitar o ambiente comunicacional das duas línguas
e a participação ativa e interativa dos alunos com surdez, assegurando uma
aprendizagem efetiva.
O
AEE em Libras ocorre diariamente, em horário contrário aos das sala de aula
comum. Nesse atendimento, o professor acompanha o plano de conteúdo oficial da
escola de acordo com a série ou ciclo que o aluno está cursando. A organização
didática do espaço de ensino é rica em imagens visuais e de todos tipos de
referências que possam colaborar com o aprendizado dos conteúdos curriculares.
O
AEE de libras constitui um momento didático-pedagógico para os alunos com
surdez incluídos na escola comum. O atendimento inicia-se com o diagnóstico do
aluno e ocorre de acordo com a necessidade, em horário contrário aos das aulas,
na sala de aula comum. Esse trabalhado é realizado pelo professor e/ou
instrutor de libras (preferencialmente, por profissionais com surdez), de
acordo com o estágio de desenvolvimento da língua de sinais em que o aluno se
encontra. O atendimento deve ser planejado com base no diagnóstico do
conhecimento que o aluno tem a respeito da língua de sinais.
O Atendimento Educacional Especializado para
o ensino da Língua Portuguesa acontece na sala de recursos multifuncionais e em
horário diferente ao da sala comum. O ensino é desenvolvido por um professor,
preferencialmente, formado em Língua Portuguesa e que conheça os pressupostos
lingüísticos teóricos que norteiam o trabalho, e que, sobretudo acredite nesta
proposta estando disposto a realizar as mudanças para o ensino do português aos
alunos com surdez. (Damazio e Ferreira)
Permitir
que as pessoas com surdez se apropriem dos atos de produção de textos em
quaisquer sistemas semióticos, especialmente dos sistemas lingüísticos – em sua
modalidade escrita – é torná-las competentes em seus discursos, dar-lhes
oportunidades de interações nas práticas escritas da língua oficial, torná-las
sujeito de saber e poder, com criatividade e arte.
Referencias bibliográficas:
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.
Referencias bibliográficas:
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Audiodescrição
Audiodescrição é um
recurso que permite que as pessoas com deficiência visual sejam inclusas em
cinemas, teatros e programas de televisão, não no sentido de acesso a estrutura
física, mas como telespectador ativo. A áudio descrição de acordo com Motta, é uma
atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica,
que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à
cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e
escolar. Além das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição amplia
também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.
Ainda
com a intenção de ampliar o universo da audiodescrição, existe o programa
Mecdaisy, uma solução tecnológica que
permite a produção de livros em formato digital acessível, no padrão Daisy.
Desenvolvido por meio de parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro,
o Mecdaisy possibilita a geração de livros digitais falados e sua reprodução em
áudio, gravado ou sintetizado.
De
acordo com a NOTA
TÉCNICA Nº 21 / 2012 / MEC / SECADI /DPEE, Orientações
para descrição de imagem na geração de material digital acessível –Mecdaisy,
foram elaborados requisitos para descrição de imagem na geração de material
digital acessível –Mecdaisy, dentre estes estão aqui alguns:
·
A descrição de imagens é a tradução em
palavras, a construção de retrato verbal de pessoas, paisagens, objetos, cenas
e ambientes, sem expressar julgamento ou opiniões pessoais a respeito.
·
Organizar os elementos descritivos em um
todo significativo. Evitar deixar elementos soltos, inserindo-os em um mesmo
período. Começar pelo personagem ou objeto mais significativo (o que/quem),
qualificá-lo (como), localizá-lo (onde), qualificar o onde (como), explicitar o
tempo (quando); Mencionar cores e demais
detalhes;
Trabalhar com audiodescrição
na sala de recurso foi uma experiência positiva, de início foi um pouco difícil
trabalhar a atenção da criança para o vídeo, por isso foi necessário
desenvolver alguns critérios, por exemplo, o vídeo teve que ser de acordo com a
realidade da criança, com linguagem simples, onde a criança pudesse entender,
em seguida a aluna teve acesso pela primeira vez a um vídeo ( desenho animado “o
girassolzinho”) com audiodescrição e foi um sucesso! A aluna gostou muito e
queria ficar mais tempo desfrutando do recurso.
Para entender melhor do
que se trata a áudiodescrição, abaixo tem um link com entrevista da áudiodescritora Graciela Pozzobon no
programa do Jô.
A primeira
vez que a audiodescrição apareceu formalmente descrita como tal, foi na tese de
pós-graduação “Master of Arts”, apresentada na Universidade de São Francisco
pelo norte-americano Gregory Frazier, em 1975. Desde então foi inserida gradativamente nos cinemas,
teatros, etc. Atualmente existem os cursos de áudiodescrição para quem deseja
realizá-los. O público alvo para estes cursos são: profissionais de
Comunicação, Letras, Artes Cênicas, Locução, Dublagem, monitores de museus e
centros culturais, professores.
Fontes:
BRASIL.
Nota Técnica, Nº. 21. Orientações para descrição de imagem na geração de
material digital acessível – Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10538&Itemid=
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Atividades para Alunos com DI
Atividades para alunos com
DI
Os aluno com deficiência
intelectual precisam de espaço organizado, rotinas, atividades lógicas e
regras, não adianta insistir em falar a mesma coisa sempre, é preciso
desenvolver a habilidade de prestar atenção. O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos
de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos.
Vejamos abaixo algumas atividades que podem ser realizadas com estes alunos.
Atividades e estratégias
PROPORÇÃO
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental. Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra de acordo com o espaço.
INTEGRAÇÃO
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.
VARIEDADE
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos, vídeos ou debates.
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental. Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra de acordo com o espaço.
INTEGRAÇÃO
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.
VARIEDADE
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos, vídeos ou debates.
Fonte:
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Vocalizadores
VOCALIZADORES
São recursos de Comunicação
Aumentativa e Alternativa (CAA) da Tecnologia Assistiva (TA). Vamos entender
melhor estas terminologias. As TAs é uma área de conhecimento e de atuação que
desenvolve serviços, recursos e estratégias que auxiliam na resolução de
dificuldades funcionais das pessoas com deficiência na realização de suas
tarefas. A CAA é a área da TA que se destina especificamente á ampliação de
habilidades de comunicação. Já os vocalizadores são recursos da CAA que emitem
voz gravada ou sintetizada. (coleção A Educação Especial na Perspectiva da
Inclusão Escolar, V. 6).
A fala é um grande meio de
comunicação, através dela, podemos expressar sentimentos: raiva, tristeza,
alegria, inquietações, satisfações, as pessoas podem perceber como estamos, o
que somos, podemos dar respostas aquilo que esperam de nós.
Algumas pessoas apresentam dificuldades na
fala seja por surdez, ou por atrofias nos músculos, ou por outros motivos, para
amenizar esta situação e dar maior independência a este grupo de pessoas,
existem os vocalizadores. Ao se tocar um símbolo, ou digitar uma palavra,
ouve-se a mensagem que está gravada. Os vocalizadores variam de modelo, preço, da
quantidade de mensagem que pode ser armazenada, etc.
Com este recurso o aluno com
limitação na fala pode expressar sentimentos, fazer perguntas, conversar com os
amigos, participar das aulas com o mesmo conteúdo proposto pela turma, pode
cumprimentar, responder questionamentos, participar das avaliações, optar por
determinada coisa, opinar, enfim, participar de uma série de atividades,
presentes ou não na sala de aula.
Abaixo segue alguns modelos de
vocalizadores:
Fonte : Coleção a Educação Especial na
perspectiva da Inclusão Escolar, v. 6
Os preços dos vocalizadores são
altos, abaixo temos uma tabela com os
mais variados preços:
Modelo
|
Foto
|
Total de mensagens
diferentes
|
Tempo total de gravação
|
Peso
|
Preço
|
22
|
5 minutos
|
650g
|
R$ 780,00
|
||
48
|
9 minutos
|
650g
|
R$ 860,00
|
||
105
|
15 minutos
|
650g
|
R$ 1.060,00
|
||
30
|
5 minutos
|
240g
|
R$ 860,00
|
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