Audiodescrição é um
recurso que permite que as pessoas com deficiência visual sejam inclusas em
cinemas, teatros e programas de televisão, não no sentido de acesso a estrutura
física, mas como telespectador ativo. A áudio descrição de acordo com Motta, é uma
atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica,
que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à
cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e
escolar. Além das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição amplia
também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.
Ainda
com a intenção de ampliar o universo da audiodescrição, existe o programa
Mecdaisy, uma solução tecnológica que
permite a produção de livros em formato digital acessível, no padrão Daisy.
Desenvolvido por meio de parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro,
o Mecdaisy possibilita a geração de livros digitais falados e sua reprodução em
áudio, gravado ou sintetizado.
De
acordo com a NOTA
TÉCNICA Nº 21 / 2012 / MEC / SECADI /DPEE, Orientações
para descrição de imagem na geração de material digital acessível –Mecdaisy,
foram elaborados requisitos para descrição de imagem na geração de material
digital acessível –Mecdaisy, dentre estes estão aqui alguns:
·
A descrição de imagens é a tradução em
palavras, a construção de retrato verbal de pessoas, paisagens, objetos, cenas
e ambientes, sem expressar julgamento ou opiniões pessoais a respeito.
·
Organizar os elementos descritivos em um
todo significativo. Evitar deixar elementos soltos, inserindo-os em um mesmo
período. Começar pelo personagem ou objeto mais significativo (o que/quem),
qualificá-lo (como), localizá-lo (onde), qualificar o onde (como), explicitar o
tempo (quando); Mencionar cores e demais
detalhes;
Trabalhar com audiodescrição
na sala de recurso foi uma experiência positiva, de início foi um pouco difícil
trabalhar a atenção da criança para o vídeo, por isso foi necessário
desenvolver alguns critérios, por exemplo, o vídeo teve que ser de acordo com a
realidade da criança, com linguagem simples, onde a criança pudesse entender,
em seguida a aluna teve acesso pela primeira vez a um vídeo ( desenho animado “o
girassolzinho”) com audiodescrição e foi um sucesso! A aluna gostou muito e
queria ficar mais tempo desfrutando do recurso.
Para entender melhor do
que se trata a áudiodescrição, abaixo tem um link com entrevista da áudiodescritora Graciela Pozzobon no
programa do Jô.
A primeira
vez que a audiodescrição apareceu formalmente descrita como tal, foi na tese de
pós-graduação “Master of Arts”, apresentada na Universidade de São Francisco
pelo norte-americano Gregory Frazier, em 1975. Desde então foi inserida gradativamente nos cinemas,
teatros, etc. Atualmente existem os cursos de áudiodescrição para quem deseja
realizá-los. O público alvo para estes cursos são: profissionais de
Comunicação, Letras, Artes Cênicas, Locução, Dublagem, monitores de museus e
centros culturais, professores.
Fontes:
BRASIL.
Nota Técnica, Nº. 21. Orientações para descrição de imagem na geração de
material digital acessível – Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10538&Itemid=
Importante as suas considerações e o texto sobre a audiodescrição. As fontes sugeridas são enriquecedoras para a nossa aprendizagem diária e em especial para o nosso trabalho com as Pessoas deficientes Visuais.
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